A medicina vem se desenvolvendo de forma promissora e conseguiu aumentar a expectativa de vida das pessoas em mais de 10% nos últimos 40 anos. Isso se dá pelo avanço das ciências e da tecnologia em aliança com a melhora das estruturas dos hospitais nas últimas décadas. Contudo, existe um abismo entre a ascensão da medicina e a compreensão dos pacientes em alguns temas, dentre eles se encontra a doação de órgãos. Um levantamento estatístico demonstrou que o número de famílias que negam a doação de órgãos representa uma quantidade suficiente para sanar a necessidade de transplantes que é demandada no Brasil. Infelizmente, arraigada à mentalidade de muitas famílias encontra-se o desconhecimento sobre a morte encefálica. A ignorância sobre o tema provoca a incessante fé de que ainda existem possibilidades do retorno à vida e só aceitam após o último batimento cardíaco. Segundo Aléxis de Tocqueville, o interesse bem compreendido envolve valores transcendentais aos comuns de um indivíduo, visa um bem maior – coletivo. Com efeito, muitos casos de negação à doação de órgãos também se dão pelo egoísmo, pelo desejo de não perder alguém, entretanto ela já não pertence mais ao plano material – partindo de uma perspectiva escolástica. Por conseguinte à não doação de órgãos, milhares de pacientes perdem a vida em filas de esperas, esperançosos com uma possível doação. Portanto, pode-se salientar que as redes de televisão devem fazer propagandas para que as famílias conversem sobre a doação de órgãos apresentando também amplos aspectos, como o das pessoas que dependem da doação para sobreviver. O tema das mortes encefálicas deve ser mais compreendido pela população e pode ser retratado a partir de entretenimentos comuns à população, como é o caso de novelas. As empresas pode apoiar a doação de órgãos a partir de temas paralelos, como é o caso da doação de sangue que estimula a reflexão e a ajuda. Os funcionários podem ser estimulados com bonificações dentro da empresa.