Título da redação:

Informação e distribuição

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 24/08/2017

O primeiro transplante de órgãos ocorreu em 1968 na cidade de São Paulo, iniciando um constante avanço nessa área. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o número de doadores por milhão de pessoas aumentou, passando de 13,5 em 2013 para 16,2 em 2017. Todavia, a concentração das equipes de transplantes nas regiões Sul e Sudeste e a negação da família impossibilitam um maior avanço. Em primeiro lugar, nota-se que a concentração de das unidades de transplantes prejudica o avanço das doações. Segundo o Ministério da Saúde, há mais de mil equipes preparadas para realizar cirurgias distribuídas pelo Brasil e 400 unidades prontas para atuarem nessa esfera. Porém, a má distribuição dessas equipes dificulta a melhoria nas doações, com uma concentração nas regiões Sul e Sudeste e quase nenhuma nas demais. Ademais, a negação das famílias caracteriza-se como o principal desafio às doações. Isso acontece porque a família muitas vezes não tem conhecimento sobre irreversibilidade da morte encefálica, além disso, o estado emocional dos parentes também colabora para que a autorização familiar torne-se a etapa mais delicada. Conforme o ABTO, de todas as mortes encefálicas e que, portanto, os órgãos poderiam ser transferidos para pacientes que correm risco de morte, pouco mais da metade se transforma em doação. Dessa forma, fica claro que é preciso reverter tal situação. Nesse contexto, portanto, deve haver uma intervenção do Poder Público para solucionas tais problemas. Cabe ao Ministério da Saúde desconcentrar as equipes de transplantes do Sul e Sudeste, coma a criação de novas unidades nos demais estados, a fim de uma melhor distribuição nacional. Em adição, a mídia jornalística deve explicar o passo a passo das doações, juntamente com a mídia de entretenimento, por meio de séries, novelas ou filmes, com intuito de mostrar a realidade das doações de órgãos. Dessa forma, gradativamente, não haverá mais desafios na doação de órgãos no Brasil.