Título da redação:

Guia para salvar vidas

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 17/08/2017

Nos últimos anos o Brasil vem sendo palco de um aumento gradativo no número de órgãos doados. No entanto, apesar deste aumento as estimativas ainda são consideradas baixas, apenas pouco mais da metade dos doadores potenciais, aqueles vitimas de morte cerebral, têm seus órgãos doados de fato. Desse modo, tais questões, inequivocadamente, apresentam desafios, entre eles: falta de diálogo familiar e, principalmente, a incorporação à sociedade de mitos relacionados à doação de órgãos. No Brasil a doação de órgãos pode ser autorizada, exclusivamente, pela família da vítima de morte cerebral. Porém, é estritamente incomum a ocorrência de discussões vinculadas a esse processo. Sendo assim, muitas pessoas que poderiam se beneficiar com tal prática, tendo suas vidas salvas ou, até mesmo, um simples acréscimo na qualidade de vida, ficam à mercê de surgir um novo doador, podendo, muitas vezes, nem terem tal oportunidade. Entretanto, além disso a incorporação de mitos relacionados à doação de órgãos deve ser considerado como fator de influência na tomada de decisão familiar, pois a pouca discussão do tema na sociedade gera desinformação e propicia a disseminação de ideias vinculadas ao senso comum. Desse modo, a família, quando defrontada sobre tais perspectivas, tomará decisões baseadas em achismos, ao invés de fatos concretos. Nesse contexto, pode-se concluir que, apesar do número crescente de doadores, a doação no Brasil apresenta uma série de desafios relacionados, sobretudo, pela escassa discussão do tema na sociedade. Isto posto, medidas tais como a inserção do tema em escolas, universidades e ambientes públicos devem ser pautadas pelo governo em conjunto com os veículos midiáticos, com a finalidade de informar, valorizar e conscientizar a população quanto a importância de doar órgãos, proporcionando um aumento no número de vidas salvas no país.