Título da redação:

Família vs doação de órgãos

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 18/08/2017

O banco de espera para quem precisa de órgãos no Brasil aumenta significativamente a cada ano. Embora o número de doadores também seja uma crescente, nota-se uma forte rejeição por parte das famílias ao referido assunto, haja vista que a morte encefálica e o desejo do falecido ainda confundem muito a família. Além, é claro, do assunto ainda ser pouco falado em escolas e até mesmo no ambiente hospitalar com pacientes terminais e seus familiares. A morte encefálica, causada pela parada definitiva do cérebro, deixa familiares muito confusos. Muitos acreditam que ainda haja uma reversão que possa salvar o ente querido quando, na verdade, é uma fatalidade irreversível. O choque de perder um parente, aliado a falta de diálogo com a pessoa, leva os familiares a se negarem perante a ideia da doação dos órgãos, mesmo sabendo que esta ação pode salvar vidas. Essa falta de diálogo também se aplica às escolas e ao próprio ambiente hospitalar, faltando campanhas massivas sobre o tema e, também, uma sensibilidade maior por parte dos profissionais da saúde para estabelecer uma linha de confiança e segurança entre a equipe médica e os familiares, para que eles possam ter a sensação de que estão tomando a decisão certa e, como consequência, perpetuando a vida. Apesar da dificuldade em aceitar a morte e o fato da doação de órgãos ainda ser tratado como tabu tanto em hospitais, como escolas e principalmente entre a família, ainda é possível reverter esse quadro. Os parentes devem começar quebrando o gelo e conversando mais aberta e diretamente sobre o assunto. Na escola, o uso da internet para propagar a ideia também é essencial, podendo o tema também ser abordado em aulas de formação cidadã, visto que colabora para a continuação da vida, ato digno de um cidadão.