No universo da ficção, Frankenstein é criado com órgãos de diferentes pessoas e recebe vida ao final do procedimento. Na vida real, a doação de órgãos tem oferecido a milhares de pessoas, condições para viver. Entretanto, esse ato, vem se deparando com grandes desafios como a omissão do desejo de ser doador e a complicada ineficiência do sistema de captação de órgãos. É importante destacar que todos interessados em doar seus órgãos precisam apresentar essa intenção aos familiares que por sua vez, ficam responsáveis por eles em caso de morte do doador. Mas, é preocupante o número que representam os não doadores, isso porque a maior parte desses, são casos de dúvida quanto ao desejo do falecido. Ademais, de acordo com a Associação de Transplante, estes representam quase a Metade dos órgãos não doados após uma morte cerebral, comprovando assim a tamanha importância do conhecimento dessa concessão. Somado a isso, está a triste realidade de que são muitas as perdas devido à demora do transporte dos órgãos. Como é o caso relatado no O Globo, de um lavrador que perdeu a vida devido a falta de transporte aéreo no sistema. Esse e outros casos ressaltam a conveniência da agilidade nesse processo. Diante dessa difícil problemática, medidas são necessárias. Fica como dever da Organização Mundial de Saúde juntamente com a mídia, incentivar a população através de jornais, novelas e comerciais que abordem as filas de esperas e vidas recuperadas devido ao processo de doação, como tema desses. Isso, para que seja possível comover a sociedade a expressar e apoiar o desejo de doar órgãos. Por outro lado, é necessário que o Governo diminua impostos de empresas que ofereçam suporte ao deslocamento da captação de órgãosdoados, principalmente o aéreo, proporcionando assim, um deslocamento mais eficaz, a fim de diminuir o tempo de espera e tornar reais, as possibilidades de se salvar mais vidas.