No que se refere à doação de órgãos no Brasil, vê-se que embora os números de doadores esteja aumentando, ainda não é suficiente para suprir a demanda de pessoas na fila de espera por um transplante. Nesse viés, percebe-se uma urgência em políticas educacionais e de saúde que modifiquem essa triste realidade. Em primeiro plano, o número de doadores é bem aquém do necessário. Isso ocorre porque parafraseando Galileu Galilei, Quanto menos alguém entende mais quer discordar. Nesse sentido, a ignorância sobre o tema gera preconceitos e medos indutores da não opção de ser doador. Sendo esse fator primordial para o cidadão entrar na lista de doares caso tenha morte encefálica declarada por médicos. Ademais, a doação de órgãos deve ser realizada através de um rigoroso e criterioso processo que começa na detecção da morte encefálica, passando pelo teste de compatibilidade do doador e receptor até a entrega desse tecido ou órgão no local onde está a pessoa necessitada desse. Nesse âmbito, percebe-se a imperiosa necessidade de uma logística adequada que permita a conclusão desse processo de modo mais ágil possível.Isso porque a víscera ao ser retirada tem um curto período de utilização. Destarte, para um acréscimo de doações realizadas com sucesso faz-se pertinente a criação de campanhas publicitárias que sejam vinculadas nas diversas mídias pelo Ministério da Saúde em conjunto com Ministério da Educação, nas quais sejam desmistificados tabus sobre o assunto. Somado a isso, para um incremento efetivo cabe ao Ministério da Saúde melhorar a logística do transplante disponibilizando meios de transporte rápidos do doador até ao receptor do órgão e o poder legislativo criar uma lei de obrigatoriedade de vôos comerciais liberarem a qualquer hora assentos para a equipe de saúde responsável pelo transplante.