Segundo Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Acerca disso uma simples ajuda pode transformar e salvar vida de muitas pessoas. No entanto, há empecilhos que dificultam a doação de órgãos no Brasil. A lei, até 1997, presumia-se que todo brasileiro era doador de órgãos, contudo em 2001 houve uma reformulação e transferiu para os familiares do paciente que foi a óbito a responsabilidade dos órgãos. E nem sempre a decisão deles é doar. Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mostram que entre janeiro e setembro de 2012, cerca de 6 mil pacientes foram diagnosticados com morte cerebral, seus órgãos poderiam salvas quase 22 mil pessoas que aguardavam na fila de espera, mas somente um pouco mais de mil e oitocentos deles se tornaram doadores. Os motivos para isso são vários. Conflitos na família é um deles, e a própria dificuldade em compreender o conceito da morte encefálica do paciente gera negação. A religião costuma, dentro desse sentido a razão para não doar, mesmo que a maioria das doutrinas não se posicionam contra a prática. Levando em consideração esses aspectos, durante a vida as pessoas devem informar para seus familiares o seu desejo de se tornar doador de órgãos depois da morte, e o papel da família é aceitar e apoiar o paciente, do mesmo modo que o Ministério Público junto com a mídia, devem fazer palestras e meios para informar as pessoas sobre doação de órgãos, afinal todos devem saber que doar é uma forma de solidariedade, como disse Cezar Fruhauf "Você só se torna melhor que as outras pessoas quando se doa um pouco de si para ajudar o próximo".