Foi ainda nos anos 50 que a primeira doação de órgãos ocorreu entre gêmeos idênticos, isso é, cerca de 60 anos atrás e ainda assim a temática da doação de órgãos ainda é um tabu em território brasileiro. Dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) apontam que 47% das famílias recusam a doação de órgãos em caso de morte cerebral. No Brasil a recusa pode até ser explicada com alguns fatores. Primeiramente a falta de informação dos familiares tanto quanto ao assunto em si, isto é, a morte cerebral e a doação, quanto aos desejos do potencial doador dificultando assim a decisão, considerando que os familiares encontram-se em um momento extremamente emocional, o que dificulta a decisão racional. Em segundo encontra-se a falta de preparo da própria equipe médica para lidar com tais assuntos e as instalações, a falta de aprofundamento dos médicos pode tornar uma simples explicação de funcionamento em mais dúvidas para os familiares. Percebendo a realidade, a resolução da problemática ainda está distante, ainda que a divulgação da importância da doação de órgãos seja, hoje em dia, muito maior do que costumava ser. Como exemplo, temos a campanha da AXT-BA "Você sempre doou o que não lhe servia mais. Faça o mesmo com seus órgãos." Como todo problema a situação da doação de órgãos também tem solução. Começando pela base da dificuldade, cada família deve ter isso como um assunto de importância, deve discutir os desejos de todos os envolvidos para que a resposta seja clara na hora de possível decisão. Em seguida, nas escolas médicas, deve ocorrer um maior e melhor aprofundamento no assunto, para que de tal forma exista mais profissionais qualificados para realização de tais procedimentos. Em adesão a esses, as propagandas informativas devem não apenas continuar, e aumentar. Ministério da Saúde e Ministério da Educação devem unir-se para serem os reguladores dessas propagandas. Ainda, no Brasil, onde existe um grande número de espectadores de novelas, a difusão do assunto pode ser abordado por essas plataformas, de tal forma a não apenas mostrar a tensão das decisões, mas também o resultado, mostrar que doar órgãos é salvar vidas.