Título da redação:

Doando vida

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 29/08/2017

Em 2016 o Brasil registrou recorde no número de transplantes de órgãos realizado, segundo o ministro da saúde, Ricardo Barros. Por certo, a recusa entre as famílias para a doação ainda é um empecilho que deve ser superado, no entanto, em algumas regiões do país como o Sudeste, Sul e o Estado do Ceará, são exemplos desses progressivos aumentos nos transplantes. O transplante constitui-se em grandes dificuldades, não apenas na captação do órgão, como a compatibilidade que deve ser de grande afinidade, uma vez que a chance de o corpo do receptor recusar pode ser alta. Com a evolução da medicina, não só as cirurgias ficaram mais seguras como as chances de rejeição tornaram-se irrisórias, devido ao uso de imunossupressores e a precisão dos exames de compatibilidade do glicocálix, carboidratos que confere às células a capacidade de se reconhecerem. O brasileiro é reconhecido por sua abnegação, e esse aumento no número de doações apenas corrobora com a imagem. A recusa das famílias em doar os órgãos, provavelmente se deve ao fato de não conversaram entre si e manifestarem um possível desejo, deixando assim para os familiares em luto, lidarem com a decisão. É importante analisar a abordagem que a família recebe para conceder a autorização, que muitas vezes por não terem conhecimento sobre o assunto que é tão pouco discutido, infelizmente, tem-se a desconfiança que sobre o real destino do órgão. O atual presidente da república estabeleceu um decreto que, a Aeronáutica deve manter um avião em solo à disposição para qualquer chamado de transporte de órgãos ou de pacientes em aguardo de transplantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse desígnio garante não só a logística de deslocamento do órgão a ser transplantado, como também reduz o tempo de espera, podendo assim ser mais eficiente e ter menos danos ao elemento. Em suma, a má distribuição das equipes que realizam transplantes pelo Brasil pode ser uma das respostas à dificuldade de captar órgãos e realizarem as cirurgias, a população que recebe menos informação, também está mais suscetível a negar o transplante. Nesse sentido, o governo federal na figura do Ministério da Saúde, deve avançar em campanhas midiáticas de doações de órgãos a fim de aumentar a captação, além de prover apoio psicológico à família de potenciais doadores. Em consonância, as famílias devem estender essa discussão até seus núcleos, para que em situações em que possa ocorrer a doação essa seja feita, salvando vidas.