Título da redação:

Doadores na terra digital inseridos em famílias sem debate

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 15/08/2017

Órgão é um conjunto de células especializadas que juntas trabalham com funções específicas, sendo esse essencial para seres complexos e evoluídos como o ser humano. Logo, a sua necessidade é indubitável e a doação desses encontra problemas devido ao irrisório debate familiar e ausência do Estado e da mídia aliados com o individualismo. Em primeiro plano, as famílias seguem uma tendência newtoniana. Em suma, a primeira lei de Newton diz que um corpo tende a ficar em repouso ou em movimento até que uma força aja sobre ele; a discussão do tema no cotidiano dentro da família permanece em repouso sem que a mídia ou o Estado intervenha com uma força para esse "corpo", a doação, saia da inércia. Consequentemente, 47% dessas famílias ainda recusam a doação de órgãos como mostra os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Ademais, em alusão a Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, em que os humanos nascem originais e morrem cópias é que os jovens baseiam-se. Nesse sentido, o individualismo usa a originalidade e o "mundo pessoal" de cada um como respaldo para a despreocupação com o próximo ou com a comunidade em que está inserido. Fato esse agravado com a Revolução Digital, que dá origem a pessoas mais introspectivas e assim não veem que o corpo é uma cópia e que as "peças" podem ser compartilhadas, em analogia a Carl Gustav Jung. Fica claro, portanto, os empecilhos enfrentados por aqueles que necessitam da doação de órgãos no território nacional. Destarte, ONG's e as escolas devem apresentar o tema para as crianças por meio de feiras e palestras para mostrar sua importância, apresentando os receptores das doações e como isso foi fundamental para a vida deles a fim de que as novas gerações instiguem o debate sobre o tema com os familiares para só assim a porcentagem de doadores começar a aumentar.