Título da redação:

Doação de órgãos: um assunto - que necessita ser - familiar

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 30/08/2017

O crescente aumento na fila de espera dos serviços públicos de saúde, por doadores de órgãos, traz á tona a discussão sobre os obstáculos que alongam o tempo necessário para que um transplante possa ser realizado efetivamente: a dificuldade de se obter doadores e a frequente rejeição dos órgãos pelo organismo de quem os recebe. Em primeiro lugar, sabe-se que vários fatores influenciam na escolha de doadores, como a idade, o histórico patológico, o consumo de álcool e tabaco, entre outros. Logo, o número de pessoas aptas a doar cai bastante, devido ao fato de que a maioria deles têm mais de 50 anos, e, portanto, seus órgãos não estão em suas melhores condições fisiológicas. Porém, o verdadeiro fato para que um órgão não seja doado é a negativa familiar: segundo dados da ABTO, cerca de 47% das famílias se recusam a doar órgãos de parente com morte cerebral. Já em uma segunda análise, vê-se que há muitos casos em que o paciente acaba rejeitando o órgão recebido. Embora seja inegável que, em alguns episódios, a rejeição seja inevitável, há vários outros em que um tratamento e acompanhamento mais adequado do paciente, aliado a uma escolha mais criteriosa do doador resolveria grande parte dos problemas, e, assim, não desperdiçaria-se órgãos doados. A solução para a gritante negativa familiar em autorizar doações de órgãos de parentes é tornar o assunto "de família", ou seja, todos devem notificar seus familiares do interesse em se tornar um doador. O Ministério da Saúde, em parceria com o SUS e a ABTO, deve promover campanhas de estímulo à doação por todo o país. Além disso, estes dois primeiros devem melhorar o tratamento de receptores de doações, evitando, assim, a rejeição por parte do organismo.