“Não temos a solução para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos nossas mãos”. A citação dita pelo filósofo alemão, Friedrich Schiller, reforça a ideia de que embora o fato de não termos a solução para todos os impasses existentes no mundo, ainda temos a possibilidade de sermos solidários e contribuir em sociedade para tais melhorias. A doação de órgãos, apesar de ser um ato humanitário, diversas dificuldades são perceptíveis, o que a impede de ser realizada no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgão, somente 53% das vítimas de morte cerebral, doaram seus órgãos no Brasil em 2013. Isso se deve à uma diversidade de fatores, como por exemplo a falta de contato dos familiares, a falta de importância que a sociedade impõe, o receio que o indivíduo tem ao falar de tal assunto relacionado à morte, entre outros. Determinadas religiões dificultam que a doação seja feita, através de seus ensinamentos e/ou regras. Podemos citar como exemplo os adeptos ao Testemunho de Jeová que, pedem para que todo o sangue seja drenado, evitando, portanto, que o receptor do órgão receba sangue de outra pessoa, já que segundo suas crenças o sangue retirado do corpo deve ser inutilizado. Isso gera um enorme desafio para os cirurgiões que, precisam usar equipamentos de alto custo para realizar uma espécie de aspiração, levando o paciente a receber o seu próprio sangue após a cirurgia. Desta maneira, portanto, a solidariedade de toda a sociedade deve ser resgatada por meio de mais campanhas publicitárias proporcionadas pelo ministério da saúde e ONGs que fazem o público alvo a refletir sobre a importância que a doação de órgãos tem, assim, salvando milhares de vidas. Referente às dificuldades religiosas, o governo brasileiro deve investir nas pesquisas para encontrar formas alternativas de realizar a doação de órgãos, sem burlar as regras da religião seguida pelo indivíduo. Segundo o Grande poeta da Tragédia Grega, Eurípedes, “O amor é tudo que temos, o único caminho pelo qual um pode ajudar o outro...”.