Título da redação:

Doação de órgãos: salvador de vidas

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 18/09/2017

Nota-se, no contexto brasileiro, a utilização da técnica de doação de órgãos, que consiste na remoção de órgãos de um voluntário ou recentemente falecido para transplantar em pessoas vivas. Esse mecanismo salva muitas vidas e aumenta a qualidade vital de muitas pessoas que estão na lista de espera dos transplantes. No cenário brasileiro de saúde pública houve mais de 7500 doações nessa área em 2016, mas ainda é um número pequeno. Aliás, vale ressaltar que as dificuldades são a falta de conscientização da população e falhas na manutenção dos órgãos. Em primeiro lugar, a falta de conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos é um grande obstáculo para a concretização da dádiva. Isso acontece porque por lei o processo só pode ser realizado com autorização da família do falecido ou de um voluntário vivo. Desse modo, nas palavras do relatório do Ministério da Saúde, a ausência de conhecimento da sociedade impede o salvamento de outras vidas, pois as famílias não autorizam a retirada de órgãos dos entes falecidos e os brasileiros não se cadastram como doadores enquanto vivos. Em segundo lugar, o Sistema Público de Saúde carece de equipamentos para conservar os órgãos doados, o que dificulta a agilidade, rapidez e eficiência dos transplantes. A partir disso, deve ser destacado que apenas um doador pode salvar 25 vidas, no entanto, cerca de 30% desses órgãos param de funcionar devido ao transporte lento e conservação indevida, consoante a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. À vista disso, milhares de pessoas aguardam anos na lista de espera pelo transplante e morrem, como o jovem Lucas Neres. Em consequência disso, 44% das famílias não aceitam e nem autorizam a doação de órgãos, em situações de mortes encefálicas, ademais o número de doações efetivas de órgãos diminuiu em 2016 quando comparado ao ano anterior, de acordo com o Ministério da Saúde. Sendo assim, isso implica no aumento de pessoas que precisam realizar o transplante, mas dependem da solidariedade da sociedade. Contudo, são necessárias medidas que promoverão o direito fundamental à vida digna dos cidadãos necessitados da transplantação. Portanto, a União deve ampliar a quantidade de campanhas de conscientização dos habitantes à respeito da importância da doação de órgãos para aumentar as doações e transplantes. Aliado a isso, o Ministério da Saúde deve firmar parcerias com o setor privado para disponibilizar novos equipamentos de conservação e de transporte no afã de desenvolver a eficiência do processo e assegurar a Constituição Federal.