No Brasil, os pacientes que necessitam de um transplante de órgãos enfrentam filas demoradas para obter tal tratamento. Essa demora se deve, em grande parte, ao baixo número de doadores. Tal quadro, por sua vez, está relacionado à falta de discussão acerca dessa tema nas famílias e na sociedade em geral. Deste modo, medidas que conscientizem a população acerca da importância da doação e que permitam a fácil identificação de doadores são desejáveis. Primeiramente, deve-se considerar que muitas famílias não liberam a doação de órgãos de seus entes falecidos devido ao desconhecimento da vontade de tais entes no contexto da doação. Sendo assim, em decorrência desse desconhecimento, que é ocasionado por uma falta de discussão do tema em questão, muitas doações deixam de ser realizadas. De maneira similar, há que se considerar a falta de conhecimento de parte majoritária da população acerca de condições médicas trágicas, mas muito propícias para a doação de órgãos e para o salvamento de diversas vidas. Esse é o caso dos pacientes que apresentam o quadro de morte cerebral. Nesse contexto, em muitos casos, a doação não é realizada em decorrência da falta de informação e dos problemas de comunicação entre médicos e famílias envolvidas nesse tipo de tragédia. Diante do exposto, medidas que facilitem a identificação de doadores, bem como as que ampliem a conscientização social acerca da doação de órgãos devem ser tomadas. Sendo assim, o Ministério da Saúde deve aumentar o número de campanhas publicitárias que tratam desse tema nos diversos meios de comunicação. Similarmente, o Ministério da Educação deve propor a discussão do tema nas escolas por meio da realização de oficinas e palestras. Adicionalmente, propostas legislativas para a identificação de doadores em documentos oficiais de identidade poderiam ser apresentadas por parlamentares no congresso, com o intuito de facilitar a identificação inequívoca de doadores. A partir de tais medidas, o aumento do número de doações de órgãos no Brasil poderá ser alcançado.