No filme Circle, um problema precisa ser resolvido: quem ficará vivo no final, já que há apenas 1 vaga para várias pessoas e, assim, existe uma ordem de preferência de quem ficará com ela, além da dúvida entre uma grávida e uma criança. Análogo a isso, configura-se a questão da doação de órgãos no Brasil, pois a quantidade de órgãos disponíveis para serem doados é muito inferior ao número de pacientes que precisam deles, sendo necessário seguir uma ordem de escolha para quem vai receber primeiro. Sendo assim, uma das causas dessa situação é gerada pela desinformação da sociedade, bem como pelo pouco incentivo do próprio Governo. Em primeira análise, a falta de informação da população brasileira sobre a doação de órgãos é um grande problema para as famílias dos doentes, principalmente. Elas, em situação de morte cerebral, acabam achando que o indivíduo está vivo e que pode ocorrer uma reversão no quadro, entretanto, ocorre apenas a mecanicidade do corpo funcionando com o auxílio dos aparelhos, mas mesmo assim, negam a retirada dos órgãos humanos para transplante. Infelizmente, esse ato deixa de salvar muitas pessoas, visto que, um único doador pode salvar no mínimo 8 vidas, de acordo com a Campanha Nacional de Doação de Órgãos. Logo, a negativa familiar não pode mais existir no contexto atual, porque é mais um obstáculo em um país onde a saúde pública já é precária. Em segunda análise, tem-se pouco incentivo à transferência de órgãos pelo Governo Federal. Embora existam algumas propagandas sobre o assunto, muitas delas são pouco difundidas e quase não são vistas nos meios de comunicação, porém, quando aparecem é durante o período em que se comemora o dia nacional de doação de órgãos (27 de setembro). Por conseguinte, uma boa gestão pública que preza pela saúde da população, precisa dar mais atenção a essa questão, primordialmente, à saúde pública. Torna-se necessária, portanto, a tomada de atitudes que visem mitigar a falta de doação de órgãos no Brasil. Para isso, é importante que o Ministério da Saúde, através de aplicativos sites com animações que sanem as dúvidas das pessoas sobre como ocorre a transplantação de órgãos de forma detalhada, a fim de que outras famílias não neguem a retirada dos órgãos de seus entes queridos. Ademais, o Governo do Brasil deve aumentar as campanhas que incentivem a doação pela população e expandir aquelas que já existem, como a da Santa Casa que traz emojis em forma de órgãos, para que chame a atenção do público a essa causa importante. Assim, o que ocorre no filme não acontecerá na vida real.