No anime Naruto, Orochimaru busca jovens shinobis que estejam dispostos a doarem seus corpos para a realização do Jutsu da Imortalidade. Já fora das telas, a busca por doadores de órgãos no Brasil é um grande desafio, tendo como alicerce a desinformação e a impertinência. Visto que, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, 47% das famílias não doam os órgãos de seus parentes, é preciso ter em mente as possíveis razões por trás dessa estatística. Em particular, a falta de conhecimento dos brasileiros sobre o assunto e a questão religiosa, tal como no antigo Egito, onde havia a crença de que os cadáveres não podiam ser profanados, do contrário, não chegariam à vida após a morte. Além disso, é necessária uma certa agilidade entre o momento da morte do ente e a decisão da família, o que muitas vezes pode desrespeitar o luto desta. Contudo, toda a problemática pode ser combatida através do conhecimento sobre o tópico, pois, de acordo com Aristóteles: "A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces". Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Assim sendo, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, juntamente com o Ministério da Saúde, deve realizar campanhas midiáticas e promover debates em meios de comunicação, como rádio e TV, informando a população acerca do assunto. Ademais, as Secretarias de Saúde dos estados, através de parcerias público-privadas, devem aderir a um novo sistema informatizado para o Sistema Único de Saúde, integrado a um banco de dados, que informe a equipe médica se o paciente for um doador de órgãos, agilizando o processo e aumentando o número de doações.