Ao longo de toda a extensão do território brasileiro, a área da saúde enfrenta certos problemas no que diz respeito à doação de órgãos. Por ainda ser considerada um tabu perante à sociedade, há a criação de uma série de empecilhos para aqueles encontrados nas filas para um transplante. O Brasil tem demonstrado um quadro mais positivo, se comparado aos anos anteriores, tendo em vista o aumento nos percentuais de doações. No entanto, nota-se uma permanência da rejeição por parte da família de um potencial doador. A ausência de conversas sobre o tema entre os familiares é um dos principais responsáveis dessa reação. Inclusive, sabe-se que por ser um momento difícil, é demasiado possível a falta de reflexão sobre o assunto. Desta maneira, faz-se necessária uma eficiente explicação do corpo médico, desde o processo de morte encefálica do doador até o procedimento cirúrgico, cujo resultado pode ser de importância vital para algum paciente. Ademais, a Constituição Federal de 1988 explicita que todo cidadão tem direito à vida. Tal meta pode ser atingida por intermédio da própria família do doador ao assinar os documentos de permissão para a concessão. Assim, o papel de cidadania é exercido, e aquele que necessita vê cumpridos os seus direitos tão inerentes, tão orgânicos. Percebe-se, então, a necessidade de direcionar o foco para as famílias dos doadores. Sugere-se ao terceiro setor e aos hospitais, das redes pública e privada, a promoção de debates e eventos acerca do assunto, de forma a trazer à população local um maior entendimento sobre a importância de doar. Logo, espera-se que a redução das filas de espera sejam o resultado.