Título da redação:

Cultivando saúde segundo Kafka

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 17/08/2017

Desde sua antiguidade até os dias atuais, os funerais são vistos como uma forma de demonstrar respeito e admiração à vida que se perdeu, como pode-se ver nas obras faraônicas do Egito. Nesse sentido, torna-se mais fácil perceber que peso desta antiga tradição, ao somar-se com a falência do sistema de saúde, passa a se tornar o principal vetor para o elevado índice da ausência de doações de órgãos. Por conta disso, a solução para esse grande empecilho na vida do cidadão brasileiro cabe, além Brasília, à população. Em primeiro lugar, é necessário analisar os motivos que transformam essa boa ação em algo tão difícil de ser debatido. Em um país em que grande parte da massa só da ouvidos a leis, fazendo pouco uso da ética, torna-se difícil criar uma corrente de boas ações, já que o costume de olhar para o próximo é tão raro em território nacional. Portanto, boa parte da população, ao fazer pouco uso do respeito pela dignidade humana, segundo Franz Kafka, termina não mudando seu juízo de valor em relação à essa temática. Em segundo lugar, convém enfatizar que essa relutância, sozinha, não causa esse quadro dramático. Com relatos de mortes causadas por falta de transporte de órgãos, como foi o caso de um jovem de 12 anos em Goiás, o SUS - Sistema Único de Saúde - vem sendo alvo de duras críticas. Nessa perspectiva, fica nítido que a dificuldade do Estado em suprir a demanda atual tem causado desconforto e dúvida a possíveis doadores, pois este, diante dessa situação delicada, não transmite a segurança que deveria. Por tais motivos, é visível que a solução dessa negativa é tão necessária quanto difícil. Cabe, por conseguinte, ao Governo Federal, realizar a manutenção da frota de veículos destinados à saúde, além da contratação de mais pessoal especializado e capacitado, para fornecer assistência de qualidade para todos. Outrossim, a Mídia e o Ministério da Educação, podem promover, através de propagandas e materiais didáticos, campanhas de conscientização sobre a importância de repartir coisas vão além de agasalhos velhos. Dessa forma, será possível desconstruir pensamentos antigos, semear novos e prolongar a vida.