Na atual conjuntura, não é difícil imaginar esta cena: uma pessoa que depende da doação de órgãos enfrentar uma longa fila de espera. Sem dúvidas, a doação de órgãos no Brasil possui enormes dificuldades. Nesse contexto, pode-se verificar que esse fato é estimulado pela rejeição familiar e o egoísmo da população, o que exige a colaboração de todos os setores da sociedade a fim de amenizar esse mal. "A priori", é salientar que o aval familiar é determinante para o êxito da doação. Entretanto, a forma que a mensagem é passada pela comissão médica aos familiares, que passam por um momento muito delicado, atrapalha a obtenção de resultados positivos, pois algumas pessoas consideram a abordagem agressiva e antiética. Por conseguinte, estados como Goiás e Tocantins possuem índices de rejeição de setenta por cento, assim, com a rejeição, a lista de espera é prolongada e muitos necessitados não obtém um novo órgão. Ainda convém lembrar que o sentimento de egoísmo é muito presente na nação brasileira, pois as pessoas só buscam ajudar cidadãos próximos do ciclo de convivência e não se despõem a ajudar o próximo. Além disso, muitos órgãos se regeneram como os rins e podem ser doados a terceiros, mas o grande apego que o ser humano tem ao corpo impede que muitos pacientes sejam ajudados. Fica evidente, portanto, que doação de órgãos enfrenta severos desafios, no Brasil, exige medidas concretas para superá-los. Logo, cabe ao Ministério da Saúde instruir médicos e psicólogos a darem, de modo suave, as notícias. Também cabe à mídia divulgar campanhas socioeducativas sobre os benefícios da doação de órgão. Por fim, o indivíduo deve buscar a cooperação e ajudar o outro, pois apenas dessa maneira um poder-se-á reduzir a fila de espera brasileira.