No período do Egito Antigo era comum a retirada de órgãos de pessoas que já haviam morrido como uma forma de purificação do corpo. Através do avanço da medicina essa prática foi modificada, sendo conhecida hoje como doação de órgãos que representa uma grande problemática no Brasil. Por não ser um assunto muito comentado, muitas famílias apresentam-se resistentes a ideia de doação de órgãos. Sabe-se bem que o número de pessoas que aguardam nos hospitais durante um bom tempo por um transplante, é enorme, mas por consequência dessa resistência já mencionada, muitos dos pedidos de transplante não são atendidos. Estudos recentes mostram que o número de doadores de órgãos só tem diminuído. Uma análise no estado de Santa Catarina revela que cerca de 65% das mulheres que morrem, não realizam a doação de órgãos, em sua grande maioria, por não comunicarem a família seu desejo de doar órgãos. Além de afetar a vida de milhões de brasileiros, o assunto tem gerado conflito entre a família e a equipe que deseja retirar os órgãos do paciente para doação. Dessa forma, o assunto tem que ser resolvido entre a família, enquanto o paciente esteja com vida, conforme aconselha o nefrologista da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, José M. Pestana. Na intenção de resolver essa questão , o Ministério da Saúde deve apostar em campanhas de conscientização que corroborem a importância da doação de órgãos, tornando o assunto muito mais comum, ajudando as famílias a serem mais flexíveis ao assunto, o que resultará num maior índice de pessoas que irão doar órgãos, salvando, assim, milhares de vidas.