O transplante de órgãos no Brasil nos últimos anos vem aumentando, porém, um grande tabu ainda existe sobre esse assunto. Preconceito, ignorância e falta de informação alimenta o atraso na fila das pessoas que esperam por um momento tão importante que é o recebimento do novo órgão. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o número de famílias que se recusaram a doar os órgãos do parente tem aumentado de 2016 para 2017, um dos motivos que envolve, principalmente, é o religioso. Grande parte das pessoas defende que, não permite a doação por acreditar em reencarnação, e que por isso seria um pecado retirar algo do corpo de alguém. Outro motivo, não tão explorado, mas importante, é a forma que o agente de saúde aborda a família para fazer a solicitação. Alguns alegam que a abordagem é feita de forma mecanizada, e que isso constrange mais aqueles que já passam por um momento de dor. Apesar dos incentivos já feitos pelo governo, todo o sistema que envolve, desde a autorização da retirada do órgão até a implantação no novo corpo, deve ser melhorado. Cerca de 40.000 pessoas esperam na fila para o recebimento do novo órgão, é uma fila que dura anos, e que pode ser melhorada com mais assistência e informação. Percebemos que, ainda existe muito desconhecimento e tabus sobre a doação de órgãos; e que, para conscientizar a população é preciso que o Governo Federal invista em palestras, campanhas e em meios de comunicação sobre a necessidade das pessoas em conhecer e ajudar aqueles que precisam de um novo órgão; é necessário também investir mais em aparelhos hospitalares de última geração, e em treinamentos de agentes de saúdes para uma melhor abordagem psicológica de parentes do falecido; também faz-se necessário que esse assunto seja mais abordado em escolas, com projetos educacionais para informar pais e alunos sobre a necessidade da doação de órgãos, ajudando assim as famílias a terem uma melhor conversa sobre esse tema.