Sob a égide do pensador Émile Durkheim, o fato social consiste na maneira de agir, de pensar e de sentir que exercem poder de coerção sobre o indivíduo. No entanto, no Brasil, a doação de órgãos ainda é um problema social, já que há uma baixa adesão da sociedade em geral para o procedimento. Dessa maneira, é necessário inserir um novo modelo de saúde para incentivo dessa prática, como também, conscientizar a população dos benefícios. A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) afirma que 47% das famílias se recusam a doar órgãos. Entretanto, a maioria da população não tem acesso às informações sobre os mecanismos da doação e acaba, normalmente, rejeitando. Assim, a atual conjuntura brasileira não corresponde às necessidades da população, pois a carência de estrutura necessária para melhorar os baixos índices da doação de órgão é um problema enfrentado pela sociedade atingindo diretamente aqueles que precisam de um órgão. Durkheim afirma também que a existência de uma sociedade, bem como a própria coesão social está baseada no grau de solidariedade produzida pelos indivíduos. Todavia, o maior empecilho é a autorização da família que, por maior que seja o sofrimento, precisa olhar para as pessoas que estão precisando de um órgão vital para continuar vivendo. Dessa forma, esse ato representa um gesto humanitário de valor imensurável e par diminuir a fila de transplantes só com a percepção do problema. Portanto, é preciso convocar a sociedade para uma ampla conscientização desse problema. O ministério e as secretarias de saúde deve promover campanhas para doação em todas as mídias, nos outdoors e nas redes sociais. As escolas devem discutir com seus alunos essa situação, para que eles possam multiplicar a ideia com sua família, amigos e comunidade. As empresas podem, também, contribuir para ampliar a doação de órgãos estimulando a reflexão entre seus clientes e empregados.