Coração, rim, pâncreas, fígado, córnea e pele. Todos estes são classificados como importantes órgãos do corpo humano. De tal forma, são justamente os mais procurados no sistema de doação de órgãos brasileiro. Porém, sua fila de espera é longa e cansativa, já que o número de doações é pequeno. Logo, é necessário analisar o quadro atual para que se possa aumentar o número de transplantes. Recentemente, o Governo Federal conseguiu zerar a fila de transplantes de córnea em São Paulo. No entanto, o restante das cirurgias não obteve nenhum êxito. Não há o que comemorar. Em nosso país, a morte é um tabu. Não se fala de morte, não se discute morte, não se pensa na morte. Tal que este, se torna o cenário perfeito para grandes crimes como o tráfico internacional de órgãos. Seu mercado negro, todos os anos, movimenta bilhões de dólares por baixo dos tapetes do Estado. Dessa forma, implica no fato das famílias doarem espontaneamente, uma vez que alguns órgãos chegam até R$40 mil. Ao analisarmos outro ponto de vista deste contexto caótico, podemos dizer que ter à oportunidade de doar órgãos é privilégio. Privilégio, pois esses só são possíveis em hospitais com uma boa estrutura de conservação dos órgãos. Característica que a maioria dos hospitais brasileiros não possui. Ao exemplo dos postos de atendimento do Norte e Nordeste do país. É notório que o órgão possui uma vida útil que varia entre 3 e 5 horas. Até chegar ao complexo hospital melhor equipado, o órgão já não é mais viável. Assim, grande parte das famílias desiste das doações, pois já conhece a dificuldade do trajeto. Para que o transplante seja eficaz e seguro, mudanças devem ocorrer. Através de operações investigativas, a Polícia Federal deve fiscalizar e investigar os transplantes de órgãos no território nacional para que se acabe com o intenso tráfico que este ramo atrai. Cabe aos Governos Estaduais e Municipais investir na construção de hospitais em regiões afastadas dos grandes centros urbanos, a fim de que não haja uma polarização da saúde e se torne possível a implantação de diversos sistemas de doação. Com isso, se ambas as medidas ocorrem simultaneamente, o Brasil, irá sem dúvidas, liderar os rankings de transplantes e se tornar referência mundial