Em 2016, o Brasil bateu o recorde no número de cirurgias de transplantes de órgãos. Apesar desse resultado positivo, o país ainda enfrenta grandes desafios na área, dentre eles: o não esclarecimento da população sobre o assunto e a falta de estrutura hospitalar para um possível aumento no número de doadores. Informações do Ministério da Saúde revelaram que no ano passado o Brasil atingiu uma marca histórica em relação aos transplantes de órgãos. Apesar disso, o país ainda se encontra bem abaixo da meta desejada. Um dos principais entraves para o aumento é justamente a não autorização da grande maioria das famílias. Segundo à Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, os principais motivos para a negativa são: medo da reação e de possíveis conflitos com os demais membros da família, suspeita de corrupção e do comércio ilegal de órgãos, desconfiança quanto à informação fornecida pela equipe médica e a falta de esclarecimento sobre o conceito de morte encefálica. Outro problema que agrava ainda mais o tema é justamente a falta de estrutura para um possível aumento no número de doadores. Isso porque as equipes médicas estão operando no limite e o que é pior: faltam profissionais de UTI’s que no caso seriam enfermeiros de terapia intensiva, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, etc. Se ocorrer um repentino aumento, o SUS não terá condições de fazer os transplantes. Portanto, para resolver os principais problemas que envolvem a doação de órgãos no Brasil, é necessário que o país adote o exemplo de lugares onde esse mesmo problema foi parcialmente resolvido, como é o caso dos Unidos e da Espanha. Lá o processo de conscientização começa nos primeiros anos escolares. Some-se a isso, uma atuação do Governo Federal, através do Ministério da Educação – MEC, vinculando campanha de conscientização sobre o tema. Por sua vez, o Congresso Nacional deve aprovar leis que ampliem a quantidade de equipes multidisciplinares para um possível aumento de doadores.