Título da redação:

A doação de órgãos como problema de saúde pública

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 17/03/2018

No mundo antigo, especificamente no Egito, os líderes governantes, os faraós, passavam por um processo de mumificação quando morriam, sendo retirados e preservados seus órgãos, para que, caso voltassem à vida, estivessem dispostos a serem usados novamente. Nos tempos atuais, até mesmo pelos conhecimentos adquiridos pelos egípcios, a humanidade descobriu a possibilidade do transplante em pessoas com deficiência de órgãos saudáveis. Apesar de tamanha tecnologia, o número de doações, no Brasil, ainda é baixo, levantando discussões acerca dos fatores que possam se identificar como empecilhos para a plena doação caridosa. Um dos fatores que leva ao baixo número de doações é a falta de visibilidade sobre o assunto, assim, quando o indivíduo falece, a família se nega a doar essas unidades funcionais, já que nunca antes foi discutida essa possibilidade. Dessa forma, se torna, de fato, difícil para os pais tomarem essa decisão sozinhos, já que nunca ouviram do falecido sua opinião. O problema, então, mostra-se como parte da divulgação acerca da importância do tema. Ademais, servem também como barreiras contra a doação, certas crenças de que o corpo é sagrado ou que dentro dele existe algum tipo de energia mística que garante a individualidade do ser. Algumas tribos, quando no descobrimento do Brasil, foram relatadas como consumidoras de carne humana, ritual conhecido como antropofagia, acreditando eles estarem se apoderando de algum tipo de capacidade sobrenatural. Crenças e religiões do tipo diminuem o número de doações, deixando de promover atitudes caridosas para legitimarem mitos. Destarte, urge a necessidade de o Ministério da Saúde promover campanhas de conscientização acerca da importância das doações de órgãos para pessoas verdadeiramente necessitadas, muitas vezes correndo risco de morte. A conscientização deve ser feita a partir de propagadas divulgadas desde meios de comunicação, como a televisão, até outdoors, espalhados pelas cidades de todo o país. Também, os médicos devem informar à família de um doente terminal sobre a relevância da discussão do tema, para que, por meio dessas doações, em contrapartida à morte de alguém, outra vida seja salva.