Título da redação:

A difente perspectiva cubista

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 05/09/2017

As práticas de mumificação realizadas no Egito, na antiguidade, possibilitaram o conhecimento das primeiras noções de anatomia do corpo humano. Com o decorrer dos anos, permeado de avanços clínicos e científicos, o caminho tomado pela história da sociedade culminou na cura de casos de doenças graves, que até então eram impossíveis de serem revertidas, por meio do transplante de órgãos. Conquanto de enorme importância, uma breve análise permite afirmar que há poucas pessoas que, hodiernamente, decidem doá-los. Essa problemática encontra origem na ausência de debate sobre o assunto no cotidiano, além da falta de confiança no sistema de saúde publica. Indubtavelmente, a falta de discursão acerca do tema, principalmente entre parentes, corrobora para o agramento e manutenção do pequeno índice de órgãos doados. Nessa perspectiva, nota-se quando ocorre alguma calamidade, que leva o indivíduo a morte, e esse se enquadra como doador, o cenário majoritário é a da não aprovação por parte da família. Sob tal óptica, conclui-se que a decisão dos parentes não é uma ato de má vontade, mas em detrimento de nunca terem conversado com a vítima sobre o seu respectivo desejo. Essa ausência de diálogo perante o assunto, prolonga a espera das famílias, que angustiadas, esperam alguém que seja compatível. Dentro desse panorama, cabe ressaltar que há um déficit no sistema de saúde brasileira. Ausência de médicos e aparelhos, filas enormes de espera, pacientes subordinados a esperarem em macas nos corredores são fatos intrisecamente relacionados aos hospitais contemporâneos. Nessa lógica, a desconfiança do manuseamento dos órgãos, culminam na não colaboração pessoal proveniente do medo. Porquanto, o Brasil enfrenta uma crise no acesso à saúde, as pessoas deduzem de maneira erronia, que todos os seus serviços fornecidos não serão prestados de maneira apropriada. O cubismo era uma vanguarda Europeia que propunha a visão do mundo em diferentes perspectivas. A deficiente relevância dada aos brasileiros sobre o assunto, em paralelo à visão estereotipada dos hospitais instalados, consubstanciam para a perpetuação do pequeno número de doadores. Com o intuito de atenuar esses obstáculos, torna-se necessário que o Poder Executivo, sob forma do Ministério de Educação, promova palestras em universidades e praças públicas dissertando sobre a importância da colaboração, paralelamente, a Mídia deve informar a população por meio da criação de propagandas televisivas, a fim de massificar a relevância e imprescindibilidade dessa ação solidária. Além de o Ministério de Planejamento injetar mais capital nos hospitais para que esses possam promover a imagem de serem confiáveis. Somente assim, a população irá se sensibilizar e atribuir a respectiva importância ao assunto, de modo a tomar uma medida cubista, atribuindo um novo ponto de vista.