Título da redação:

A continuidade da Vida

Tema de redação: A doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios

Redação enviada em 28/10/2017

Em um dos episódios da série americana “Grey's Anatomy”, os pais de duas jovens com morte cerebral, vítimas de um acidente de carro, negaram à equipe médica do Hospital Seattle Grace a retirada de órgãos de suas filhas. Tal decisão gerou infortúnio aos pacientes que aguardavam esperançosos por tais órgãos. Na vida real, a doação de órgãos também é uma prática realizada com baixa constância, o que dificulta a garantia da vida de milhares de pacientes anualmente no Brasil. Sendo assim, políticas públicas de incentivo à obtenção de doadores fazem-se necessárias. Com a ascensão da Peste Negra no auge da Idade Média, mecanismos científicos foram utilizados a fim de erradicar a doença na sociedade. Agregada a esse sistema, as intervenções médicas garantiram papeis indispensáveis na evolução, longevidade e manutenção da vida humana. Correlativamente, o transplante de órgãos constitui uma dessas intervenções válidas, a fim de garantir a continuidade da vida. No entanto, a baixa quantidade de procedimentos feitos no Brasil, constatados pela Agência Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), faz com que a luta pela garantia de vida, assumida por milhares de pacientes, anualmente, se torne árdua e incerta. Um dos problemas relacionados a tal situação é a falta de informações tomadas pelos familiares do potencial doador, visto que há, na maioria das vezes, uma incerteza quanto ao desejo, em vida, do indivíduo vítima de morte cerebral, de ser um doador ou quando há um impedimento cultural no processo, como a subordinação religiosa. Tais problemas, aliados à baixa quantidade de políticas de incentivo à doação, por parte do poder público, corroboram a precariedade no número de procedimentos realizados, impedindo a recuperação de milhares de pacientes no Brasil. Pode-se dizer, portanto, que a doação de órgãos é medida indispensável para a garantia da vida humana. Dessa forma, medidas de incentivo governamental para que a população se torne doadora são indispensáveis. Logo, é necessário que o Ministério da Saúde, em parceria com Ministério das Comunicações, intensifique o número de propagandas instrutivas, utilizando os recursos midiáticos e culturais no processo, como as novelas, filmes e a internet, abordando a necessidade de conversação com a família e incentivando-os a se tornarem doadores. Tal atitude possibilita o aumento do número de procedimentos feitos Brasil, ao passo em que vidas são salvas proporcionalmente.