Segundo o Jornalista José Ortega y Gasset, “A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem”. No Brasil, o acesso à cultura é realidade para uma parcela mínima da população. É fato que essa exclusão é decorrente do déficit de medidas socioculturais e da desigualdade social. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que influenciam esse quadro. A cultura é um dos fatores principais para o desenvolvimento do cidadão. De acordo com o Ministério da Cultura, a maioria dos municípios nacionais não possuem biblioteca ou laboratório de informática, assim como outros espaços culturais, isso demonstra que as autoridades regentes dessas cidades não adotam nenhum tipo de método sociocultural para integrar todos os habitantes, dessa forma é inegável que meios devem ser tomados para mudar esse cenário. Em consequência dessa negligência do poder público, alguns grupos sociais são afetados, como por exemplo a população pertencente as classes C, D e E, pois ainda segundo o estudo mencionado anteriormente, o valor médio de um livro é alto para os integrantes desses grupos sociais com o salário que recebem, do mesmo modo outras atividades culturais também são inacessíveis devido ao alto custo, como conclui a pesquisa, dizendo: “quase todos os brasileiros nunca foram a um museu ou teatro” deixando explícito que há uma desigualdade. Diante dos fatos mencionados, faz-se necessário a democratização do acesso à cultura. Sendo assim, o Governo deve construir locais públicos em todos os estados para que possa ocorrer eventos e atividades gratuitas ou a preços populares, pois assim atingiremos uma sociedade mais justa. Logo, tendo em vista a construção desses espaços, as ONG’s devem promover projetos socioculturais nesses ambientes, assim como nas comunidades carentes, de tal maneira que todos usufruam do direito à cultura.