A cultura é um conjunto complexo de conhecimento que inclui artes, crenças, tradições, costumes, hábitos, músicas, danças e aptidões adquiridas pelo ser humano, sendo o modo como um povo sente e se expressa, por meio, de uma mesma identidade intertemporal. No entanto, a democratização do acesso a esse bem é um dos grandes desafios que permeia a sociedade brasileira. Desse modo, mesmo o país possuindo uma vasta diversidade cultural e produção artística, apenas uma pequena parcela da população usufrui desse benefício, haja vista, a falta de estímulos públicos e o alto custo para participação e aquisição cultural. Em primeira análise, cabe pontuar que no Brasil cerca de 75% da população nunca foi a um museu ou exposição de arte, segundo uma pesquisa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tais dados, revelam a difusão cultural existente no país, que reflete uma consolidação não igualitária ao acesso de bens culturais, visto que há barreiras sociais como baixos incentivos, altos preços e o distanciamento de comunidades mais carentes, impõe a marginalização daqueles que deveriam ser mais assistidos. Com isso, a maioria dos cidadãos acaba sendo excluídos do processo de integração e da sua própria história. Somando a isso, segundo a constituição em seu Artigo 215 diz que compete ao Estado garantir o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, apoiar e incentivar a valorização e difusão das manifestações culturais, através da democratização do acesso aos bens culturais. Entretanto, é notório que essa inclusão social em prol da isonomia não é um fato executado, uma vez que a falta de financiamento e execuções de leis de incentivos leva o distanciamento entre o setor cultural e a sociedade, reforçando a descrença com tais elementos fundamentais na formação do ser humano. Portanto, democratizar a cultural é permitir acessibilidade a todos de forma igual, para que assim o cidadão venha a construir consciência crítica do mundo que o cerca. Para isso, é necessário o apoio do governo em consonância a Secretaria Especial da Cultura, para promoção de novos meios e programas para mudar o quadro nacional. Desse modo, a criação de projetos em escolas e em empresas que visem criar atividades extras curriculares sobre a importância da diversidade cultural para a sociedade como um todo, proporcionaria o estímulo pelo conhecimento desse bem e a para inclusão social. Além disso, é fundamental a redução dos valores para pessoas que não possui condições financeiras, aliado a isso, as ampliações dos locais de acesso à cultura, principalmente em ambientes menos favorecidos, para que assim todos possam ter a mesma oportunidade de conhecimento.