No Brasil contemporâneo, é inquestionável que a educação financeira é fundamental para o bem-estar das pessoas e para a saúde geral da economia do país. Isso porque a falta de conhecimento sobre as finanças e sobre os produtos econômicos faz com que boa parte da população possua dificuldades ao acessar serviços bancários e tenha imaturidade ao administrar o seu dinheiro, por exemplo. Sendo assim, o analfabetismo financeiro é uma barreira para a inclusão na economia que deve ser erradicada. A deficiente educação financeira faz com que, muitas vezes, o indivíduo não analise sobre os descontos que determinadas lojas oferecem. Nesse contexto, pensando apenas no valor mensal a ser pago, desconsidera o juros a ser cobrado por mês sobre a parcela realizada que, não raro, ultrapassa o real valor do produto e acaba saindo mais caro do que o preço a vista, segundo pesquisas essa porcentagem chega a 37% de pessoas que não refletem sobre essa situação. Ademais, o número de indivíduos que não possuem poupança em bancos, por exemplo, corresponde a 74%, segundo a SPC - Serviço de Proteção ao Crédito - um número bem elevado, já que para aqueles informados sobre a educação financeira sabe a importância de ter um investimento fixo. Além disso, é sabido que, muitas vezes, as pessoas compram mercadorias, porém sem planejamento e sem, realmente, precisarem. Nesse sentido, adéqua-se a deficiência da educação financeira no Brasil, uma vez que o número de 54% da população que realiza compras sem algum intuito é alarmante, podendo, dessa forma, facilitar a elevação da porcentagem de endividados no país. Outrossim, vale destacar que, não raro, com as adversidades inseridas na sociedade que podem provocar tristeza e angustia, 4 em cada 10 pessoas acabam comprando por impulso. Diante desse cenário, percebe-se que a educação financeira deve ser mais mencionada socialmente. Em função disso, faz-se necessário a relação família-escola para ensinar, desde as fases iniciais, às crianças a importância de economizar e a saberem administrar as suas finanças, por meio de mesadas, por exemplo. Para que assim, o Brasil possua um futuro com adultos mais críticos e capazes de enfrentar as adversidades inseridas na sociedade, já que como disse Darwin “os que sobrevivem não são os mais fortes, mas sim os que melhor se adaptam”.