Desde a explosão da primeira revolução industrial no século XVIII, ter um mercado consumidor ávido sempre foi uma das prioridades da indústria. Porém, essa formação de consumidores trouxe consequências negativas à sociedade, dentre elas está a formação de uma população totalmente deficiente de educação financeira. No Brasil, esse fato pode ser explicado pela enorme publicidade infantil e a falta de conscientização causada por ela. O problema na deficiência da educação financeira no Brasil está intimamente ligada à publicidade infantil. Seja com Pepa Pig e Barbeis ou carrinhos de corrida e super heróis, a indústria de brinquedos lucra, segundo o IBOPE ( Instituto Brasileiro de Opinião Pesquisa e Estatística ), cerca de 200 milhões de reais só com o público infantil. Como a mídia apresenta o objeto como indispensável, a criança por ser mais suscetível, acha que deve obtê-lo para tornar-se parte integrante de um certo grupo. Isso faz com que ao crescer comprar desenfreadamente seja um hábito normal. Como reflexo disso, a grande parte da população ainda não conseguiu aprender como cuidar de sua própria renda. Segundo o SPC Brasil ( Serviço de Proteção de Crédito), mais de dois terços da população brasileira adulta realiza suas compras sem qualquer planejamento, isto é, sem saber o que pode comprar ou quanto pode gastar. Desse modo, acabam por formar dívidas imensas, as quais a pessoa não pode quitar. Isso denota, a falta de consciência que o brasileiro tem em relação às finanças na hora de consumir, gastando desenfreadamente seu dinheiro sem importar-se com os próximos dias. Portanto, diante das circunstâncias apresentadas, são necessárias mudanças. Por exemplo, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens poderia apresentar um projeto de lei para a Câmara de Deputados, que propusessem a diminuição do marketing infantil, fazendo assim com que a criança fosse menos bombardeada com publicidades e se tornasse menos consumista. Os pais poderiam ensinar e conscientizar seus filhos sobre os perigos do consumismo, principalmente, através do exemplo próprio, formando assim adultos conscientes. Além disso, as mídias poderiam promover uma maior conscientização à população por meio de comercias que demonstrem como melhorar as formas de gastar dinheiro, fazendo parcerias com cursos técnicos que tratem dessa área. Só assim, poderá existir uma sociedade com mais educação financeira e menos consumista.