Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 01/10/2016

Promoção queima-estoque. “Saldão” de calçados. “X” por cento de desconto. Parcelamos em até quinze vezes. Leve três, pague dois. Três vezes sem juros. São os atrativos que a maior parte do comércio costuma utilizar para com os consumidores. Porém, o brasileiro, impulsionado pelo desemprego, têm sido um mal quitador de dívidas no último ano, colocando em vista a deficiência da educação financeira, principalmente em adventos como a crise econômica, no Brasil. Uma pesquisa divulgada pela Serasa aponta que o ano de 2016 iniciou com 59 milhões de inadimplentes, ou seja, um quarto da população brasileira deve para alguma instituição pública ou privada. Desde a Revolução Industrial, a população viu-se diante de uma nova dinâmica econômica: gastava-se mais em menor tempo, porém, os salários baixos e a necessidade de compra não eram diretamente proporcionais, tornando as alternativas de crédito e parcelamento saídas para a satisfação de necessidades e desejos. Com o tempo, essas alternativas foram acrescidas de juros e manobras, que encareceram e/ou dificultaram o pagamento ao longo do tempo. O Brasil sofre com um cenário econômico instável quando alia desemprego ao jeitinho brasileiro de deixar as contas em última instância, juros abusivos das credoras e ainda, a falta de prática de educação financeira. Esta ensinada precariamente nas escolas contribui para que o aluno não veja a importância de manter dívidas quitadas e um “fundo de emergência”- como a poupança. Segundo a SPC, Serviço de Proteção ao Crédito, 74% dos entrevistados não haviam um investimento fixo e na hora de fechar o negócio 37% avalia apenas se o valor mensal da parcela cabe no bolso. Não há o entendimento na prática do que são tabelas de juros, crédito, empréstimo, financiamentos ou parcelamentos, o que ocasiona, geralmente, problemas como parcelas irrisórias, juros exorbitantes, falta de planejamento e pesquisa de preço na hora da compra ou endividamento por fatores externos, a exemplo demissões. Portanto, visto que o brasileiro não enxerga a necessidade da matemática financeira no seu cotidiano, é necessário implantar medidas básicas de educação visando o entendimento das alternativas financeiras. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação e da Cultura (MEC) pode promover ações nos colégios envolvendo parcerias público-privadas com credoras simulando transações bancárias com os alunos, demonstrando a importância de manter contas em dia, por exemplo. Também seria importante que a Receita Federal abrisse um espaço para estabelecer um canal com o consumidor, como palestras e simpósios, para que possam ser esclarecidas quaisquer dúvidas a respeito. Assim espera-se que uma economia saudável brasileira.