Após a Terceira Revolução Industrial, mudaram-se as maneiras de produzir. O modelo de produção Toyotista entrou em vigor e o consumo passou a ser cada vez mais incentivado. Produtos como eletrodomésticos, celulares e computadores são fabricados para serem logo trocados por novos - é a obsolência, quando um produto deixa de ser útil, mesmo estando em perfeito estado de funcionamento, devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais avançado. Uma das consequências é, sem dúvidas, um consumo desenfreado e junto um aumento nas dívidas. A educação financeira é necessária, visto que grande parte da população brasileira faz compras sem planejamento e por impulso. Segundo a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito, 85% dos brasileiros não realiza um bom planejamento das compras, gastando mais do que deve. Esses fatores tem contribuído para que pessoas fiquem endividadas. É importante destacar, também, que essa cultura está atingindo as menores faixas etárias. Os pequenos crescem com uma mentalidade consumista, consequência da crescente propaganda publicitária nos veículos de comunicação. As crianças são facilmente persuadidas e muitas vezes a família falha na condução das mesmas ao uso consciente do dinheiro. Portanto, fica claro que medidas precisam ser tomadas para atenuar esses problemas. O Ministério da Educação deve incluir nos currículos escolares matérias para ensinar e alertar as crianças, para que se tornem adultos conscientes. A família também deve contribuir. O uso de mesadas é uma boa solução, pois contribui para que as crianças entendam o valor do dinheiro e do planejamento desde pequenos. Universidades e o Ministério do Planejamento podem realizar palestras públicas para conscientizar a população.