Atualmente, é notório o déficit na educação financeira brasileira, que é causada principalmente pela cultura da ostentação, pois o “american way of life” se propagou pelo mundo desde a década de 30 e, também, o brasileiro tem o costume do mal planejamento, o que gera aquisição exagerada de bens de consumo. No início do século XX, houve a expansão da cultura “american way of life”, modelo de vida americano, que é baseado em elevado consumo e produção. Esse modo de vida é presente no Brasil contemporâneo, visto que de acordo com a revista Carta Capital, nos anos de 2010 até 2016, o brasileiro comprou bens de consumo não duráveis equivalentes às últimas duas décadas. As redes sociais também protagonizam a “cultura da ostentação”, já que a atual juventude brasileira se sente necessitada de ascensão social, pois ela não adquire o bem para privilégio próprio, mas sim para demonstrar que o possui em redes sociais. Entretanto, esse consumo exagerado da sociedade não é acompanhado por um bom planejamento. Desde a juventude até a adolescência o cidadão brasileiro não tem qualquer instrução na escola sobre como planejar seus gastos corretamente, oposto de como acontece no Reino Unido. O jornal inglês “The Guardian”, fez uma comparação com as escolas inglesas e da América Latina e uma das aulas mais presentes na Inglaterra era a de estruturação econômica, que acontece desde o ensino fundamental, e na América Latina apenas o Chile apresenta aulas parecidas no ensino médio; enquanto o governo brasileiro nem mesmo é questionado se a disciplina devia ser exigida na grade curricular. Destarte, nota-se a dificuldade em criar uma sociedade consciente economicamente. Para que o Brasil comece isso, são necessárias políticas públicas eficientes como adotar propagandas na mídia sobre a conscientização do consumo, alertando os consumidores sobre como se planejar diante os gastos. Além disso, é necessário que o país introduza aulas de planejamento econômico, assim como é feito na Inglaterra, no ensino médio.