A educação financeira pode ser vista como uma estratégia eficiente para controlar a economia do país. Entretanto, no Brasil, esse assunto não é muito abordado nas escolas, o que reduz a capacidade de um indivíduo saber administrar o dinheiro. Além disso, o sistema capitalista estimula o consumismo da sociedade. Consequentemente, o número de endividados aumenta, assim como tem-se a maior probabilidade de crise financeira. Logo, é preciso investir na edução financeira. É possível associar a deficiente educação financeira à banalização do tema nas escolas, como também ao modo de vida capitalista. Em primeiro lugar, não está presente nas escolas discussões acadêmicas noções básicas de administração do capital. Isso ocorre, pois a sociedade enxerga a criança e o adolescente como incapazes de adquirir esse tipo de conhecimento, principalmente, por não vivenciar essa realidade financeira. Em segundo lugar, o sistema capitalista visa ao consumo exacerbado dos cidadãos. Devido a isso, há alta disponibilidade de crédito para a compra, por exemplo os empréstimos bancários, além de propagandas persuasivas que induz ao consumismo, como aquelas que oferecem crédito para adquirir a casa própria. Dessa forma, o capitalismo consegue aproveitar da ignorância financeira dos indivíduos. Como efeito, os malefícios dessa relação desarmônica são sentidos tanto pelos cidadãos quanto pela economia. Entre eles, observa-se que cerca de 75% dos brasileiros não possuem investimentos fixos, como um apartamento para lucrar com o aluguel, situação que favorece uma insegurança financeira. Somado a isso, grande parte da população mantém um alto padrão de consumo, mesmo que esse não seja cabível na renda, com o intuito de se incluir socialmente. Como resultado, esses indivíduos fazem dívidas com enormes juros. Em função disso, a economia do país é desestabilizada, visto que há dificuldades em pagar o crédito oferecido pelos bancos. Essa realidade diminui o dinheiro circulante, o que pode , por exemplo, aumentar as taxas de inflação.Com isso, é insustentável manter uma economia eficiente sem que as pessoas tenham consciência financeira. Portanto, é necessário enfatizar medidas que promovam a educação financeira. Para isso, o Ministério da Educação deve incluir no currículo escolar noções financeiras, por meio de leis. Concomitante a isso, as escolas devem estimular o interesse dos alunos e ampliar a capacidade de compreensão do tema, por meio de excursões a bancos e palestras interativas sobre economia. Ademais, organizações não governamentais devem evidenciar o quanto é importante para o capitalismo ter consumidores conscientes, por meio de palestras e projetos em bancos e empresas.