Ao longo do século XX, uma importante corrente sociológica, a Escola de Frankfurt, alertou sobre os perigos de uma cultura de consumismo. O consumidor braseiro não está fora do alcance da crítica dos frankfurtianos, devido ao fato de empregar, de forma ineficiente, o seu dinheiro para a satisfação de necessidades supérfluas. De acordo com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Consumidor), 85% dos brasileiros não fazem planejamento antes de se dirigirem às lojas para gastarem o seu salário. O consumidor se deslumbra com as propagandas e compra além do que o seu bolso pode pagar. Não é à toa que, segundo a mesma pesquisa do SPC Brasil, 40% dos brasileiros confessam fazer compras por uma necessidade irracional e impulsiva. Essa busca por satisfações imediatistas, influenciada por doses cavalares de propaganda midiática e pressão do meio social, é um comportamento também inerente à infância do século XXI, visto que as crianças compreendem o valor do dinheiro ainda menos do que os próprios pais. Além de serem imaturas, elas não são educadas para o controle de gastos, seja em casa ou na escola. Diante do exposto, surge a necessidade de o governo investir na criação e divulgação de palestras gratuitas, voltadas para a educação financeira. Na escola, principalmente na aula de sociologia, devem ser abordados os perigos do consumismo e a importância do consumo consciente. A mídia, por outro lado, pode expor periodicamente, nos programas de rádio ou televisão, orientações de especialistas da área da economia sobre o uso eficiente do dinheiro e a importância de poupá-lo.