Segundo o filósofo Aristóteles, a felicidade é alcançada através do equilíbrio sem excessos. Certamente, a obtenção de bens deixa de trazer prazer quando ameaça a estabilidade econômica dos cidadãos, por isso, é preciso ensinar os brasileiros como realizarem uma boa administração econômica. De acordo com o SPC, 85 % dos habitantes efetuam gastos inconsequentemente e 74% não investem em renda fixa ou poupança. Além disso, muitos refletem o capitalismo contemporâneo exacerbado, onde as pessoas necessitam consumir para superar sentimentos como tristeza, angústia, ansiedade, falta de afeto e solidão. Por outro lado, as redes sociais requerem a exposição de fotos e vídeos de viagens, eventos, restaurantes, carros, roupas, sapatos e acessórios de marca e novos, já que essas são consideradas evidências de que o indivíduo possuiu alegria, status e vive plenamente. Nesse contexto, diversos cidadãos acabam comprometendo as suas rendas mensais. Por exemplo, é bem comum serem feitas compras que precisam ser parceladas por causa dos valores altos, assim, se escolhe como forma de pagamento o cartão de crédito de juros elevados e em várias parcelas. Porém, não é pequeno o número de consumidores que não conseguem quitar as dívidas, seja por desemprego, mais despesas ou porque esse ato se repetiu por diversas vezes, logo perdem o crédito no mercado. Da mesma forma, há brasileiros que recorrem a empréstimos bancários de juros expressivos para pagar antigos débitos ou novas obtenções materiais, ou seja, é um ciclo de endividamento sem fim. Entretanto, a maior complicação é a baixa existência de dinheiro guardado para emergências como crises econômicas, inflações maiores e demissões. Inclusive, a perda das fontes de renda sem economias pode afetar negativamente a alimentação, educação, saúde e até a moradia das famílias. Portanto, é necessário que as escolas ensinem matérias sobre economia doméstica e geral desde a infância. O Ministério da economia, deve utilizar a mídia com propagandas incentivando a moderação do consumo nacional e mostrando as dificuldades de se viver com contas atrasadas, dívidas e salários comprometidos. A administração financeira correta ajuda à economia do Brasil e deixa a sociedade mais feliz.