Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil
Redação enviada em 22/09/2016
A crise financeira de 2015 e 2016, no Brasil, mostrou a fragilidade da população no setor econômico, onde muitos brasileiros, ao ficarem desempregados perderam toda sua fonte de renda, visto que, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), mais de 70% dos cidadãos não possuem nenhuma fonte de investimentos. Nesse contexto, é importante que haja uma melhor educação financeira no Brasil para que as pessoas estejam mais preparadas para momentos imprevistos. Em 1929, os Estados Unidos da América passaram por um período chamado de A Grande Depressão, devido a crise financeira que o país enfrentou e levou a vários suicídios. No entanto, a crise dessa época foi motivada pela desvalorização dos investimentos na bolsa de valores feito por grande parte daquela população, diferente do Brasil, onde os brasileiros sentem os efeitos da crise por não possuírem uma fonte de renda alternativa e nem investimentos fixos. Isso ocorre, principalmente, pelo estímulo exagerado ao consumismo, feito de forma intensiva pela mídia, e por não haver um ensino, desde a infância, sobre a importância de poupar dinheiro e como ele deve ser planejado para ser gasto. Em consequência disso, nota-se um alto número de endividados, cerca de 60 milhões de pessoas, segundo o SPC, que causa o pagamento de altas taxas de juros aos que desejarem tirar seu nome da restrição de crédito, que podem chegar a ultrapassar o valor da dívida original. Outro fator existente é o consumo desordenado, onde muitos fazem dívidas em cartões de crédito para manterem padrões que estão fora do seu nível econômico, e não se dão conta de quanto pagam a mais por isso na forma de juros. Em virtude dos aspectos mencionados, é importante que o Ministério da Educação elabore cartilhas para serem trabalhadas nas escolas sobre a importância da educação financeira e incentive os alunos, desde a infância, a pouparem o que obtiverem dos pais em cofres infantis, a fim de que no futuro elas saibam planejar seus ganhos. Também é necessário que o Ministério do Trabalho junto com o Governo Federal ofereça incentivos fiscais para as empresas que implementarem em suas rotinas de trabalho momentos de palestras para seus empregados que falem a respeito de como fazer investimentos, as vantagens da poupança e os riscos do mal uso do cartão de crédito, para amadurecer o hábito do consumo consciente e diminuir os efeitos da deficiente educação financeira existente no país.