Após a Guerra Fria, com ascensão do sistema capitalista, as relações comerciais intensificaram-se, bem como seus efeitos. Desse modo, uma problemática contemporânea tomou conta do cenário econômico do Brasil: a deficiência na educação financeira. Outrossim, a má gestão da renda salarial dos brasileiros e a submissão à obsolescência programada serviram para intensificar o impasse em questão. Ainda, tal problema poderia ser atenuado se houvesse a devida conscientização da população do país. Em primeiro lugar, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), aproximadamente 85% dos brasileiros fazem compras sem planejamento algum. Isso se dá, entre outros fatores, pelo deficiente controle no consumo; seja nas vestimentas, aparelhos domésticos ou até na alimentação. Logo, o endividamento com cartões de crédito, por exemplo, tornam-se presentes. Sendo assim, é indubitável que o mau gerenciamento na renda salarial, seja em qualquer camada social, contribui para a formação de uma cumunidade refém de si mesma. Em segundo, conforme Leandro Karnal, filósofo brasileiro, “vivemos na era do descartável”. Com base nessa afirmação, a obsolescência dos produtos comerciáveis – estratégia do capitalismo – causa uma verdadeira bagunça no bolso do brasileiro, pois, a “ultrapassagem” de determinado ítem ou o fim de sua vida útil é motivo, quase inevitável, para tangenciar os gastos que poderiam ser combatíveis ao topo do gráfico do endividamento. Entende-se, portanto, que a deficiente educação financeira no Brasil é fruto da imaturidade econômica da população. Assim, é necessário que o Poder Público promova palestras sobre o modo de evitar-se a temática abordada. Nesse ínterim, é papel das instituições de ensino informarem aos jovens, principalmente às crianças, sobre o uso consciente do dinheiro. Ademais, é dever da mídia divulgar, através das redes sociais e tevês, como administrar corretamente as dívidas para assim neutralizá-las. Por fim, as pessoas podem buscar auxílio de Consultores Financeiros sobre o planejamento de suas despesas.