Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 18/09/2016

O relacionamento do brasileiro com o próprio dinheiro está longe de ser o ideal. Tal conjuntura advém da precária consciência financeira, esquecida desde os primórdios da educação básica. Dessa forma, olhar para o crescente número de endividados no país é ver a materialização da maneira com que se trata o dinheiro, em especial as consequências de um povo que se preocupa apenas quando está no "vermelho". O processo de inserção no mundo financeiro deveria ser no próprio ambiente escolar. Contudo, são pouquíssimos colégios que se preocupam, esquecendo-se completamente no Ensino Médio, dando a Matemática Financeira uma visão para o vestibular. Com isso, cabem aos responsáveis discutir sobre dinheiro. Infelizmente, vê-se que, muitas vezes, os valores passados são precários, como mostra a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em que o consumidor brasileiro não sabe lidar com o próprio dinheiro. Consequentemente, perpetua-se o ideal de extravagância sem planejamento, dando ao consumo a função de solucionar, ou apaziguar, quaisquer males. Em suma, passou-se a responsabilidade sem a devida estrutura para ensinar sobre educação financeira, o que contribui para as contigências atuais de endividamento em que se encontra o consumidor brasileiro. Ir ao "Shopping" virou sinônimo de diversão nas grandes cidades. Em lugares que é arriscado sair na rua, passeios enclausurados em ambientes frescos e músicas atuais são o plano de fundo para vitrines chamativas e objetos de desejo. Logo, espiaram a cabeça tornou gastar em lojas. Entretanto, o exagero aparece quando não há uma sólida educação financeira, aliada a facilidade de crédito. Acaba-se por adquirir diversas dívidas devido a falta de consciência de como agir diante de saldos, cheques, juros ou dívidas, termos esses desconhecidos por muitos da população. Inclusive, por mais que trabalhar com esses temas esteja no programa do Ensino Médio Nacional, "mudar de classe" atinge até os mais ricos, visto que Eike Batista já foi um dos homens mais ricos do mundo e, hoje, não está na lista dos cem primeiros. O brasileiro não sabe lidar com o dinheiro, o que lhe traz vários problemas. Devido a esse pouco histórico de preocupação com o soldo, é evidente que advém de algo mais primordial: a educação financeira. Por isso, dar a essa área uma importância maior do que questões para acertar no vestibular é válido, com maior acesso aos jovens a consciência financeira. Semelhante aos "Alcóolicos Anônimos", existir algo desse cunho para consumistas pode servir também. A partir disso, é possível, aos poucos, mudar a cara do consumidor brasileiro.