O desconhecimento de grande parte da população brasileira sobre economia básica potencializou uma das maiores inflações que o Brasil já conheceu, e fez desmoronar os Planos Cruzado (de Sarney) e Brasil Novo (de Collor), nas décadas de 80 e 90. Apesar de não causar hoje o mesmo dano de outrora, a deficiência na educação financeira do brasileiro continua a causar enormes danos à economia nacional pelo acúmulo de diversos problemas "pequenos", tornando a presença do "dragão" uma constante. Para o filósofo inglês Francis Bacon, "saber é poder". Ou seja, para Bacon, a posse do conhecimento é fundamental à resolução de problemas. Por exemplo, se grande parte da população nacional detivesse conhecimento e familiaridade com a Lei da Oferta e da Procura, a inflação poderia ter sido controlada por uma consciente e natural redução do consumo. Segundo o economista libertário Ludwig von Mises, o ato de consumir ou não consumir está relacionado diretamente à busca de uma transição de uma situação desconfortável para uma de maior conforto. Nesse caso, a escolha pelo não consumo visando a redução da inflação seria facilitada pelo conhecimento das teorias econômicas. Portanto, para reduzir a deficiência hoje encontrada na educação econômica, é necessário que o governo inclua na carga horária das escolas públicas e privadas disciplinas voltadas à introdução de teorias econômicas e cálculos financeiros, apresentando também autores de diversas correntes econômicas como Mises, Keynes, Hayek e outros. Além disso é importante que o governo destine recursos a comerciais explicativos sobre economia básica, para atingir à população fora da idade escolar e que não frequenta a escola. Façamos os dragões se tornarem moinhos de vento!