Título da redação:

Planejar para não faltar

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 21/09/2016

A Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra durante o século XVIII, trouxe a necessidade de um mercado consumidor cada vez maior em função do aumento de produção. Com isso, gerou-se uma sociedade essencialmente consumidora com pouca consciência financeira. Logo, não seria diferente no Brasil, onde o planejamento econômico passa longe das questões orçamentárias do brasileiro. Desde o fim da Guerra Fria, e a consolidação do modelo econômico capitalista, cresce o consumismo desenfreado. Roupas, sapatos, eletrônicos e produtos de beleza estão entre os produtos mais comprados por brasileiros, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), contribuindo assim para o consumo compulsivo de produtos com fama efêmera e substituíveis à curto prazo, como exemplo, os modelos de aparelhos celulares. Ademais, a ampla facilidade da aprovação de créditos e esquemas de compras envolvendo crediários, ou até mesmo cartão de crédito com altos juros, cooperam como fatores substanciais para o endividamento e a falta de planejamento econômico familiar. Segundo o filósofo Karl Marx, o dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele a adora. Tal fato mostra uma modernidade sem o controle do próprio capital, ou seja, dominada por sua própria criação, como pode ser vista após a idade média, com o crescimento das cidades e da circulação do dinheiro em moeda. Portanto, sem uma eficaz educação financeira, um planejamento futuro ou mesmo investimentos maiores como casas e carros podem ser comprometidos. Por fim, cabe maior conscientização e sagacidade da população acerca de seus próprios atos relacionado ao dinheiro. Com o intuito de amenizar a atual conjuntura, o governo federal poderia propagar campanhas a fim de informar a população com relação à juros e créditos, ou até mesmo indicar planos econômicos de acordo com a renda para conduzir melhores investimentos e atitudes inteligentes. Nas escolas, os adolescentes em fase final dos estudos também poderiam ser instruídos por meio de palestras com pessoas especializadas no assunto visando produzir conhecimentos á futura geração de trabalhadores.