Para Marx a religião é o ópio do povo. Mas no Brasil o ópio do povo é ir ás compras. Infelizmente o brasileiro está progressivamente viciado nessa droga, pois há carência na educação financeira. Alguns argumentam que ao fazer compras, por um momento, é prazeroso, embora mais tardar ocorre o arrependimento. Isso se deve pelo consumo compulsivo, ou melhor, não há um planejamento com o que será gasto, e nem o controle das despesas. Outrossim, o comércio facilita esse descontrole, por meio de créditos e parcelas, como consequência o indivíduo tem diversas opções de adquirir o produto cobiçado, independentemente se for necessário. Ainda convém lembrar que as crianças não têm educação financeira na grade curricular. Em virtude disso, por não terem o conhecimento e serem fáceis de manipular , elas são alvo da alienação, uma ferramenta usada pela mídia a fim de incentivar o dispêndio, logo, se tornarão consumidores inconscientes. Desse modo, a insuficiência na orientação financeira proporciona dívidas, e até mesmo doenças, como a depressão. Em face a essa realidade, portanto, organizar a vida financeira desde cedo é essencial, por intermédio das escolas, ou seja, a reforma da grade curricular, e dos pais, com o fornecimento de mesadas, dessa forma incentivará o hábito de poupar e administrar uma certa quantia por um mês. Além disso, se faz necessário que o consumidor anote as despesas, elimine gastos desnecessários, poupe, e trace pelo menos um objetivo, de curto e longo prazo. Da mesma maneira, ao invés de parcelamentos, optar por pagamentos à vista e descontos, essas são alternativas que minimizarão as dívidas. Somente assim, a vida financeira deixará de ser um pesadelo para o brasileiro.