Título da redação:

Efeitos colaterais

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 20/09/2016

Efeitos colaterias No limiar do século XXI,com a plena ascenção do capitalismo e o aumento no poder de compra das classes C e D,atrelado a maior oferta de crédito,se comparado a algumas décadas,as dívidas tornaram se frequentes na vida de alguns brasileiros.Devido a uma deficiente educação financeira,não há um efetivo planejamento familiar para controle de gastos.Além disso,existe nas camadas sociais,aqueles consumidores compulsórios os quais comprometem sua renda desnecessariamente para satisfazer suas ansiedades ou até mesmo, manter o “status” mediante a sociedade. Partindo desse viés,mesmo diante da atual crise econômica,poupar finanças,controlar gastos,parece não ser praxe de grande parte da população.São inúmeros os motivos para a manutenção desses problemas.Um deles é a grande oferta de crédito oferecido pelas administradoras bancárias.Muitos consumidores possuem dois ou até mais cartões com limites altos,fora de suas realidades financeiras,o que acarreta uma falsa ilusão de poder gastar sem tirar dinheiro do bolso.Assim,muitos desatentos são levados pelas baixas prestações e não se informam à respeito dos juros embutidos,em especial dos cartões de crédito que,segundo o Banco Central,já passa dos 450% ao ano.Mediante isso,são evidentes os efeitos colaterais causados pelo crediário fácil,reflexo disso está nos crescentes números de inadimplentes no país,de acordo com dados do SPC. Ademais,não é apenas a deficiência educacional precursora dos maus hábitos financeiros,existem também outros fatores os quais desestimulam os consumidores a pouparem.Nesse sentido,a dificuldade em reservar determinadas quantias mensais está diretamente ligada ao baixo retorno oferecido pelas instituições financeiras em relação à caderneta de poupança.Os juros são ainda bem baixos,em torno de 1% ao mês,o que desestimula clientes a pouparem suas rendas.Retratando a realidade,segundo o geógrafo Milton Santos,não como fábula,mas como ela é realmente. Logo,os brasileiros precisam ser estimulados a controlar suas finanças para consumirem de forma organizada e sadia.Para alcançar tais objetivos,o Banco Central deve rever as taxas das contas poupanças e estudar um meio de elevar os juros,como forma de incentivo e fomento à economia .Outra medida pertinente,é planejar os gastos com a família e colocar no papel as despesas indispensáveis a esta,como tanto,reconhecer possíveis distúrbios compulsórios e ,se for o caso, buscar ajuda profissional com psicólogos para superação dessas deficiências.Dessa forma,a educação financeira não será uma fábula e os efeitos dessa ascenção social,atrelado a facilidade no ato de comprar poderá ser usufruído de forma benéfica e não como algo ameaçador para muitas famílias.