A consolidação do capitalismo após a Guerra Fria, em 1985, desencadeou o consumismo desenfreado em todo mundo. Isso se deve principalmente ao grande investimento em propaganda. Porém, esse processo deixa alguma consequências como aumento no número de pessoas endividadas ou com problemas financeiros. Isso se evidencia não só pela forte influência da indústria propagandista, mas também pelo despreparo de alguns indivíduos em gerir sua vida financeira. Segundo Sócrates, “o homem é um ser social”. Nesse sentido, diariamente somos bombardeados por inúmeros anúncios de produtos das mais diversas áreas. Dessa forma, a indústria capitalista visa convencer o consumidor a comprar determinado item. Além disso, são criados mecanismos como a obsolescência programada, que torna um determinado produto ultrapassado, assim cria-se a necessidade de aquisição de um novo objeto. Esse ciclo é o que garante maior parte do lucro das grandes empresas, todavia, nem sempre o cliente percebe essa relação. Dessa forma, o número de pessoas com restrições financeiras aumentou significativamente no Brasil. De acordo com o Banco Central, 46% das famílias brasileiras estão endividadas e até com restrições no crédito. Esse contexto se dá devido ao acúmulo de débitos, principalmente no cartão de crédito, já que esse possui uma das taxas de juros mais altas do mercado. Isso demonstra a falta de planejamento e de capacidade em administrar a vida financeira, pois boa parte dessas compras são feitas por impulso ou por influencia das grandes redes comerciais. Segundo o ativista e político Nelson Mandela, “a educação é a arma mais potente que se pode usar para mudar o mundo”. Nesse sentido, percebe-se que há uma necessidade real em introduzir a educação financeira no país. Para isso, o Governo deve institucionalizar essa disciplina nas escolas desde o ensino fundamental, para que as crianças aprendam desde cedo administrar corretamente sua vida financeira. As instituições financeiras podem criar programas direcionados ao bom uso do dinheiro como planilhas de gastos e de controle de dívidas. Já a escola precisa debater o conteúdo em sala de aula evidenciando o lado oculto do consumismo como o aumento de resíduos sólidos e o uso demasiado dos recursos naturais.