Título da redação:

Consumidores, os verdadeiros soberanos da economia

Tema de redação: A deficiente educação financeira no Brasil

Redação enviada em 21/09/2016

No final do século XX, a globalização alterou profundamente a lógica capitalista anterior. Após a transformação do capitalismo financeiro monopolista em meio técnico-científico informacional, as pessoas passaram a ter mais contato com o sistema. As bolsas de valores e a ampliação do crédito permitiram que até a parcela pobre fosse incluída na economia. Porém, estariam esses indivíduos preparados para participar sem serem exploradas pelos mais ricos? Em primeiro plano, a grande maioria da sociedade brasileira não tem o hábito de gerenciar o dinheiro familiar, devido, principalmente, à ausência de educação financeira nas escolas. Graças a essa deficiência dos brasileiros, as grandes companhias e os bancos lucram com o endividamento dos consumidores irresponsáveis e impulsivos. Ao oferecer esse tipo de educação, forma-se consumidores menos suscetíveis a cair nessas armadilhas. Além disso, de acordo com o economista austríaco, Friedrich Hayek, os consumidores que ditam o caminho da economia e do mercado de um país. Assim, consumidores irresponsáveis podem causar crises. Ao se juntar a falta de informação financeira com a ganância de grupos capitalistas, ocorrem crises imensas. Um exemplo é a crise de 2008 nos EUA, na qual a inadimplência do pagamento dos imóveis e a maquiagem dos números reais de pagamentos pelas grandes empresas causou um crise internacional que repercute até hoje. Assim sendo, torna-se evidente que os novos integrantes desse sistema não conseguem competir igualmente. É fundamental, portanto, que o Estado e as prefeituras criem, em conjunto com as escolas, a disciplina de educação financeira e promovam debates e palestras sobre esse assunto, a fim de criar uma nova geração de consumidores conscientes. Ademais, uma medida mais emergencial é o investimento da mídia em programas de rádio e de TV sobre a área de finanças familiares, de forma a atingir os cidadãos que já saíram da escola. Somente assim poderemos evitar esse contraste desleal que ocorre na economia globalizada atual.