Em definição formal, ou até mesmo pelo entendimento do senso comum, o estupro configura-se como a prática de ato sexual sem consentimento de uma das partes envolvidas. No entanto, na atualidade, seu significado não se restringe apenas a este conceito, mas abrange qualquer forma de violação das liberdades sexuais da figura feminina, gênero que mais sofre com tais atrocidades. Na atual sociedade, estima-se que a violência sexual seja um dos crimes mais praticados no mundo. Diversas são as explicações que norteiam essa realidade. Dentre elas, existe o fato de vivermos em um meio machista( principalmente no Brasil) , no qual, a constituição patriarcal da família e da própria sociedade, oprime e coloca a figura feminina em total submissão, o que cria e dissemina a ideia de que a mulher serve, exclusivamente, como objeto para satisfazer as necessidades do homem, sejam elas de cunho sexual ou não. Dentro desta mesma concepção ( machismo social), muitos colocam a vitima como a culpada pelo ato e, exprimem a ideia de que a mulher incita ( e excita) o estuprador para que ele cometa tal barbaridade. No intuito de combater e erradicar essa cultura que envolve o estupro, diversos projetos de lei são criados, como, por exemplo, a castração química, proposta pelo deputado federal Jair Bolsonaro, que esta em tramitação no congresso nacional. No entanto, grande parte destas leis não resolvem ou reduzem o número de novos casos registrados, já que, na maioria das vezes, a vítima não denuncia o agressor, o que dificulta o combate por meio do estado. Neste contexto, fica evidente, que as melhoras formas de se combater o problema é através de uma mudança no pensamento social, já que grande parte da problemática esta enraizada em nossa cultura.