A cultura do estupro no Brasil é existente dede a colonização, onde índias e escravas eram forçadas a ter relações sexuais com os europeus. Por estar inserido em uma sociedade machista e patriarcal, o fato perdura até os dias atuais. A mídia machista contribui para a cultura desvalorizando a figura feminina na sociedade, por meio de músicas e propagandas que perpetuam nos grandes meios de comunicação. Os jornalistas amenizam o peso da palavra estupro para suspeita do mesmo, o que também é uma forma de contribuição. Dados publicados pelo ActionAid comprovam que 86% das brasileiras já foram assediadas em lugares públicos e abuso acontece também no cotidiano dentro de casas, com crianças e adolescentes, por pessoas de confiança. Expondo a mentalidade patriarcal, onde a mulher é vista como um objeto no qual pode ser tocado e violado. O estupro é o único crime onde a vítima é culpada, sendo julgada pela suas vestimentas e formas de agir. É de extrema importância o entendimento que nenhuma mulher pede para ser estuprada e nada justifica um estupro. Não é ético e nem moral aproveitar da vulnerabilidade de uma pessoa para ter relações sexuais. Para combater essa cultura do desacato com a mulher, é preciso o apoio para denunciar os casos, muitas vezes acobertados pelo medo do julgo social. A criação de delegacias e varas especializadas no caso, aplicação efetiva da lei, a reformulação da ética de campanhas publicitárias, buscando promover igualdade de gêneros e não ofensas, são formas válidas de intervenção social. Sobretudo a penalização justa e eficaz dos agressores e apoiadores do movimento sujo. Explicitando que a culpa nunca é da vítima.