É possível afirmar que o estupro é um crime recorrente no Brasil, uma vez que vê-se diariamente casos deste tipo de violência país afora. Isso se deve ao fato da sociedade brasileira semear o desrespeito à mulher, objetificando-a e dando-a menores espaços na política e nos empregos. Desse modo, o país se torna mais propício a casos de estupro devido à impunidade e ao grande número de indivíduos sem regras de conduta moral. No que se refera à impunidade, esta se evidencia tendo em vista o grande número de casos com leve ou nenhuma punição ao agressor. Assim sendo, os criminosos veem o estupro como uma atitude sem consequências ruins, o que gera aumento no número de casos. Contudo, muitos desses casos não são denunciados, haja vista de que há o ideal de que nada irá ser feito pela justiça contra o estuprador. Além disso, pode-se perceber o grande número de cidadãos sem consciência moral de certo e errado. A falta de regras de conduta por parte de alguns homens, impulsiona a externalização da, como diria Freud, “instância psíquica mais primitiva e hedonista”. E o que mais preocupa é que isso tende a persistir, tendo em vista o constante desrespeito à mulher no Brasil. Ainda são comuns conteúdos misóginos nas mídias; assédios sexuais nas ruas e nos transportes públicos; e o baixo número de mulheres ocupando cargos na política e nas empresas. Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Com isso, cabe ao governo criar uma lei de maior pena para casos de estupro. Ás mídias cabe não só barrar conteúdos que desvalorizem a mulher como também criar campanhas de incentivo à denúncia de casos. Ademais, é responsabilidade da família e da escola impor aos homens, desde pequenos, regras de conduta moral que explicitem que as mulheres não são objetos de prazer sexual.