A sociedade brasileira, ainda impregnada pelo patriarcalismo e machismo, vê a mulher submissa a regras que limitam seu modo de agir e se comportar. Cultura essa que vem desde período colonial, escravas eram o principal alvo de abusos sexuais e estupros praticados pelos senhores. "Ela estava de saia curta”, “ela não deveria ter bebido”, "ela não deveria sair sozinha", ou “ela é uma mulher fácil”. Esses tipos de comentários estão diretamente ligados a um termo denominado "cultura do estupro", usado para designar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas do assédio sexual e normaliza a situação. Quando mulheres são sistematicamente estupradas, sua dignidade é coletivamente agredida e negada. Não é apenas o seu corpo que sofre violência, a sua saúde mental se degrada ao ter a cena repetida várias vezes na memória, e sua alma também. Diante dos fatos mencionados, faz-se necessário que  o governo ofereça as vítimas, principalmente cuidados psicológicos, prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Outra opção viável é a realização de palestras nas escolas para ensinar às crianças que ninguém tem o direito sobre o corpo de alguém sem seu devido consentimento. E a mídia, com sua influência sobre a população, criar propagandas para incentivar a denúncia contra esse crime bárbaro.